sexta-feira, 10 de junho de 2011

Santo Antônio e o Dia dos Namorados



Aproxima-se a festa daquele que é invocado para reencontrar coisas perdidas, para jamais faltar o pão ou para encontrar um amor, um casamento, um namoro. Em muitas igrejas do Brasil e do mundo, o povo se prepara para celebrar aquele que se tornou o ilustre filho de São Francisco, seguidor fiel e amigo dos pobres. O jovem português Fernando de Bulhões, movido pelo desejo de ser missionário, é hoje missionário do mundo todo com o nome de Santo Antônio de Lisboa, de Pádua, do Brasil, meu , seu, nosso Santo Antônio.

Na tradição popular, Antônio é conhecido como santo casamenteiro, invocado por aqueles que querem encontrar alguém especial para viver juntos. Talvez a tradição venha do fato, de Santo Antônio ter sido grande pregador do valor da família e do casamento, em terras do norte da Itália, onde viveu por muitos anos. O que se sabe ao certo, é que este teólogo franciscano, ganhou em vida muito respeito e admiração do povo italiano, português e francês. De fato, foi um incansável pregador do Evangelho e testemunho do Reino de Deus onde viveu.
Qual seria então a relação deste santo, com o dia dos namorados? Sabe-se que nos países do norte (Estados Unidos e Europa), o dia dos namorados é celebrado em 14 de fevereiro, dia do martírio de São Valentim, por isso mesmo este dia é chamado naqueles países de “Dia de São Valentim”, santo europeu que teria sido grande incentivador do namoro e casamento, mesmo sendo perseguido pelo imperador que havia proibido os mesmos em tempos de guerra.
No Brasil, entretanto, a data é comemorada no dia 12 de junho, por quê? Justamente, porque a festa de Santo Antônio é no dia seguinte, 13 de junho, e o santo casamenteiro português é muito mais conhecido aqui do que São Valentim. Logo, a data foi criada pelo comércio paulista e depois assumida por todo o comércio brasileiro para reproduzir o mesmo efeito do Dia de São Valentim, equivalente nos países do hemisfério norte, para incentivar a troca de presentes entre os "apaixonados".
Acima de dados históricos, de lendas ou tradições populares, está a figura destas pessoas, que nos precederam na busca e na pregação de valores essenciais. Cabe, sempre lembrar, que o frade Antônio ou o bispo Valentim, foram muito incisivos em suas pregações, muito coerentes em suas vidas e testemunharam no meio dos seus, aquilo em que eles acreditavam.
Em tempos modernos, fica a dica: por mais que os tempos passem, os valores permanecem firmes e iguais. Pode-se até rezar a Santo Antônio para arrumar um namorado ou casamento, mas não se pode esquecer que acima de tudo, está o compromisso que se assume, o valor que se dá a alguém e a fidelidade da vida a dois.

Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM
Assistente Espiritual da JUFRA das Chagas/ SP

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